31.10.2024

Projetos da Chamada “Educação para o Bem Viver” Avançam na Valorização da Educação Indígena

Iniciativas apoiadas pelo Fundo Casa Socioambiental promovem equidade e fortalecem o ensino intercultural em comunidades indígenas de todo o Brasil.

A chamada Educação para o Bem Viver, lançada em 2023 pelo Fundo Casa Socioambiental, apoia projetos que buscam fortalecer a educação indígena em todo o Brasil. As iniciativas selecionadas promovem a valorização dos saberes ancestrais, equidade educacional e o desenvolvimento de currículos interculturais, com objetivo de superar os desafios enfrentados por comunidades indígenas no acesso a uma educação de qualidade que respeite os modos de vida de cada povo. 

O Fundo Casa, em parceria com a Imaginable Futures, selecionou 28 projetos de um total de 112 propostas recebidas na chamada “Educação para o Bem Viver”. Com essa chamada, as iniciativas aprovadas abrangem 14 estados e incluem temas como o fortalecimento das línguas indígenas, a promoção da autonomia comunitária e o reconhecimento dos saberes tradicionais. 

Em setembro deste ano, o Fundo Casa Socioambiental promoveu o “Encontro de aprendizagem e troca de experiências”, reunindo lideranças e representantes de projetos indígenas, representando 14 estados e 26 organizações de todo o Brasil, para discutir os desafios e as soluções voltadas à educação indígena no país.

 

Durante o evento, foi destacada a necessidade de maior envolvimento das comunidades na construção de materiais pedagógicos e na definição de políticas educacionais que contemplem a valorização da cultura, do idioma e práticas ancestrais. Um dos principais pontos debatidos foi a importância de fortalecer o papel das escolas indígenas como espaços de preservação cultural, além de promover atividades como intercâmbios entre povos e oficinas que incentivem o protagonismo das lideranças e professores indígenas.

Inimá Krenak, gestora de programas do Fundo, compartilha reflexões sobre os desafios da educação indígena e as mudanças necessárias para que essa educação esteja em sintonia com as realidades das comunidades. 

“O encontro sobre a educação indígena trouxe reflexões profundas sobre os desafios e as necessidades desse tema essencial para os povos indígenas. Os participantes ressaltaram a inadequação do sistema de ensino atual, que não corresponde às realidades e aos conhecimentos tradicionais necessários para a gestão territorial e para lidar com a crise climática que vivemos. Existe uma forte crítica ao modelo educacional oferecido, que é padronizado e ‘pronto’, sem considerar as especificidades das comunidades indígenas. A educação vigente ainda é vista como ‘a escola do branco na aldeia do índio’, desconectada da cultura e dos valores indígenas.” Inimá Krenak, gestora de programas do Fundo Casa.

Inimá destaca a urgência de uma educação construída e gerida pelas próprias comunidades, onde conteúdos tradicionais estejam inseridos no currículo. “A ausência de uma escola indígena de verdade, que seja gerida e estruturada pelos próprios indígenas, muitas vezes representa um grande obstáculo para o fortalecimento e a manutenção cultural. Há uma urgência em inserir conteúdos que reflitam a identidade e cultura indígenas — como a música, a arte, a culinária, e o conhecimento dos anciãos, dentro do currículo escolar.”

De acordo com os resultados do Encontro, os projetos apoiados pelo Fundo Casa tiveram impacto direto no fortalecimento das culturas locais. Entre os avanços alcançados, se destacam a criação de espaços escolares, o aumento da participação comunitária e a elaboração de iniciativas voltadas à preservação das línguas maternas e ao resgate de práticas tradicionais. 

A construção de espaços educativos mais inclusivos e conectados com a realidade das aldeias também foi um dos pontos centrais dos projetos, os quais podem ser considerados instrumentos de luta contra o epistemicídio, que é a eliminação ou repressão de saberes e conhecimentos de uma cultura, causada pela imposição de uma visão dominante, resultando na desvalorização e perda de tradições e saberes locais.

O encontro ainda reforçou a necessidade de continuidade dos apoios e a busca por novos parceiros, destacando a relevância de manter as comunidades ativamente envolvidas na criação de políticas públicas.

A seguir, apresentamos alguns dos projetos de educação indigena apoiados pelo Fundo Casa Socioambiental que estão sendo desenvolvidos:

Projeto educacional Guarani Kaiowá promove autonomia e valorização cultural no Mato Grosso do Sul

 

O projeto Narrativas Guarani Kaiowá em contexto escolar surge como uma iniciativa de fortalecimento da educação indígena na Terra Indígena Guapoy, no município de Amambai, no Mato Grosso do Sul. Desenvolvido pela Associação de Pais e Professores (APP) da Escola Municipal Polo Indígena Mbo’eroy Guarani Kaiowá, a ação busca promover um ensino de qualidade, respeitando a diversidade étnica, linguística e sociocultural da comunidade.

No projeto, professores e lideranças comunitárias trabalham na produção de materiais didático-pedagógicos baseados nas narrativas e saberes tradicionais do povo Guarani Kaiowá. Esses conteúdos são integrados ao currículo escolar, com ênfase nos componentes de língua materna e cultura indígena, elementos essenciais para a revitalização e fortalecimento do modo de vida da comunidade.

Um dos aspectos centrais do projeto é a utilização de desenhos feitos pelos estudantes, que retratam visualmente as histórias e tradições compartilhadas pelos anciãos da comunidade. Os desenhos ilustram as narrativas indígenas e ajudam no processo de ensino e aprendizagem, fortalecendo o vínculo dos estudantes com sua cultura. O material produzido a partir dessas ilustrações é utilizado de forma interdisciplinar, facilitando a compreensão dos conteúdos e promovendo a valorização da identidade cultural da comunidade indígena.

O projeto, que teve início em setembro de 2023, reforça a importância da educação intercultural, que valoriza a tradição oral e o conhecimento dos mais velhos. Ao envolver os anciãos na construção dos conteúdos escolares, a comunidade garante a preservação de sua memória histórica e a continuidade de seus costumes e práticas culturais.

O apoio do Fundo Casa ajudou na aquisição de recursos pedagógicos e na realização de oficinas que envolvem a comunidade. Para Daiane Cáceres, uma das professoras e liderança do projeto,“utilizar as narrativas no espaço escolar e nas metodologias desenvolvidas no processo de ensino e aprendizagem tem fortalecido a cultura e a língua materna, pois o estudante aprende a valorizar ainda mais sua identidade, seu modo de ser e viver, tornando a aprendizagem mais significativa e prazerosa”.

“O projeto contribuiu positivamente para que nós, professores indígenas, refletíssemos sobre a importância de trabalhar com a riqueza das nossas narrativas, proporcionando aos nossos pequeninos um aprendizado significativo e de qualidade”, afirmou Daiane Cáceres

VI Encontro de Educação Baniwa e Koripako reforça a autonomia escolar indígena através dos projetos político pedagógicos no Amazonas

Desde a década de 1990, os povos Baniwa e Koripako têm se reunido para discutir suas demandas em relação à educação, por meio de assembleias que priorizam a participação coletiva. Em julho de 2024, o VI Encontro de Educação Baniwa e Koripako se tornou um marco importante na trajetória educacional das comunidades, ocorrendo em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas. O encontro foi resultado da mobilização local, que envolveu gestores, educadores e a comunidade em um processo participativo e intercultural.

Neste evento, mais de 100 participantes se reuniram para avaliar e aprimorar os Projetos Político-Pedagógicos (PPPs) das escolas da Rede Baniwa e Koripako. O foco estava na autoavaliação intercultural dos projetos, com o objetivo de garantir que esses documentos refletissem as realidades e necessidades das comunidades, ao invés de serem impostos por estruturas externas.

Franklin da Silva – Baniwa, gestor da Escola Estadual Indígena Duque de Caxias (EIDC), situada no município de São Gabriel da Cachoeira, que assumiu o cargo em 2021, encontrou um esboço do PPP que já vinha sendo debatido, mas sem progressos concretos. “Eles já estavam discutindo há algum tempo, mas o projeto não saía do papel”, comenta. Para reverter essa situação, ele organizou uma equipe que revisou os rascunhos e consolidou as ideias debatidas pelas comunidades, garantindo que o documento refletisse as necessidades e aspirações locais.

“Soubemos deste edital por colegas que acessam a internet. Vimos que era a oportunidade que procurávamos para apoiar a educação indígena. Convoquei uma reunião com as comunidades e professores e disse: ‘É agora ou nunca! Se não aproveitarmos, não conseguiremos avançar e continuaremos em discussões que não se concretizam.”  Franklin da Silva – Baniwa

Durante o processo, a inclusão de lideranças, pais e professores foi essencial. Foram realizados encontros com as 15 comunidades envolvidas e trocas de experiências com outras escolas para garantir que o documento estivesse em conformidade com as leis. A participação comunitária foi um dos principais pontos que sustentaram a elaboração do Projeto Político-Pedagógico (PPP). Apesar de desafios logísticos, como a falta de aeronaves da Força Aérea para transporte, a escola buscou apoio de outras organizações parceiras para garantir a participação das comunidades.

Segundo Franklin da Silva, o evento foi necessário para fortalecer os PPPs da Rede de Escolas Baniwa e Koripako (REBK) e promover a autonomia escolar indígena. O gestor destacou a importância do projeto para alcançar esse resultado, afirmando que, sem ele, seria impossível reunir todas as comunidades envolvidas.

O documento está agora sob análise das autoridades, e a rede escolar espera um retorno para sua implementação. O diretor destaca que a implantação exigirá novos recursos, mas acredita que a colaboração das comunidades e parceiros será fundamental. Esse esforço representa um avanço na educação indígena, embora ainda enfrente desafios institucionais e logísticos, o encontro reforçou os PPPs como instrumentos essenciais para a autodeterminação indígena na educação. 

 

A Oca dos Saberes: fortalecendo a cultura e a educação na Aldeia Maratoan no Ceará

Localizada na cidade de Crateús, no Ceará, a Aldeia Maratoan é um espaço rico em diversidade cultural, habitado por etnias como Kariri, Potyguara, Kalabaça, Jenipapo Kanindé e Tabajara. Nesse contexto, o projeto “Oca dos Saberes da Aldeia Maratoan”, desenvolvido pela Associação Indígena Kariri de Crateús, tem como objetivo promover a educação e a valorização cultural dos povos indígenas, por meio da criação de uma “sala dos saberes” na Escola Indígena Kariri Tabajara.

Iniciado em agosto de 2023, o projeto tem o objetivo de atender alunos de 8 a 14 anos, oferecendo 100 horas de vivências transdisciplinares e interculturais. A sala dos saberes é um espaço que tem se tornado um ponto central de aprendizado, onde os alunos são convidados a explorar a língua materna Dzibucuá, seus saberes ancestrais e a rica cultura indígena da região. 

Lucas Sipya Kariri, um dos coordenadores do projeto, destaca a importância desse espaço: “A sala dos saberes não é apenas uma sala de aula; é um lugar onde nossos jovens podem se reconectar com suas raízes e entender a importância da sua cultura. Estamos ensinando mais do que a língua; estamos passando adiante nossos costumes, tradições e a espiritualidade que nos une.” Ele enfatiza que a educação deve estar enraizada nas realidades e nos saberes da própria comunidade.

As atividades do projeto estão divididas em dois eixos complementares: o educacional-ancestral e o artístico-cultural-tecnológico. Por meio dessa estrutura, os alunos têm a oportunidade de aprender sobre a língua e as músicas tradicionais, participar de danças etnológicas e explorar o uso das redes sociais como ferramenta de expressão cultural. 

Além do ensino das tradições, a proposta educativa busca trazer a realidade local para dentro da sala de aula. Essa mudança na rotina escolar possibilita uma vivência mais rica e constante da cultura indígena, abrangendo desde o artesanato até a musicalidade típica da região. Lucas afirma que “a música e as danças são formas poderosas de ensinar e preservar nossa cultura, cada canto de Toré e cada passo de dança são carregados de significados que fortalecem nossa identidade.”

“A gente tinha só dois dias pra falar sobre nós mesmos dentro da escola. E hoje a gente tem todos os dias. Todos os dias a gente faz alguma coisa que fale sobre nós.” Lucas Sipya Kariri

Para os coordenadores, a “Oca dos Saberes” representa um espaço transformador que reflete a luta e o potencial dos povos indígenas. Lucas destaca a importância da implementação da língua Dzibucuá, que conecta as comunidades a seus antepassados. O projeto busca resgatar saberes ancestrais, fortalecer a autoestima dos jovens da Aldeia Maratoan e prepará-los para enfrentar os desafios contemporâneos, valorizando sua herança cultural como uma ferramenta de transformação social.

Fortalecimento e retomada do conhecimento ancestral Munduruku nas escolas do Rio Kabitutu, no Pará

A Associação Extrativista do Rio Kabitutu Wuyxaximã (ASERK) está implementando o projeto “Fortalecimento e Retomada do Conhecimento Ancestral Munduruku” (wuybabi) nas escolas do Rio Kabitutu, localizado em Jacareacanga, no Pará. Com foco nas escolas indígenas situadas aos arredores do Rio Kabitutu, afluente do rio Tapajós, o projeto visa promover a valorização e a transmissão dos saberes ancestrais do povo Munduruku.

Nos últimos dois anos, a Escola Karo Bempô desempenhou um papel fundamental na educação da comunidade, e o novo projeto busca dar continuidade a essa iniciativa. Ele inclui a produção de materiais paradidáticos, como cartilhas e áudios, que serão utilizados nas escolas e em espaços de educação comunitária, facilitando o intercâmbio de conhecimentos entre as aldeias. Dessa forma, os jovens têm a oportunidade de aprender e compartilhar saberes transmitidos por seus avós.

Segundo Reginaldo Poxo Munduruku, coordenador da Associação Wuyxaximã, a evasão escolar entre os jovens é uma preocupação crescente, exacerbada pelo aumento do alcoolismo e da violência associados à exploração do garimpo. Por isso, o projeto tem o objetivo de preservar a cultura e criar alternativas para que os jovens valorizem suas raízes, evitando práticas prejudiciais. 

As oficinas da Escola Karo Bempô fazem parte de um conjunto contínuo de ações que, nos últimos anos, promoveram a produção de materiais para uma educação diferenciada e o intercâmbio de saberes entre escolas e aldeias. Entre as diversas atividades, as de artesanato têm sido fundamentais para preservar técnicas tradicionais. Jovens da comunidade aprendem a produzir peças com fibras naturais e sementes, resgatando práticas ancestrais, que conservam o conhecimento e também oferecem uma alternativa de renda para as famílias locais.

As oficinas de cultivo de plantas medicinais, conduzidas por anciãos, são essenciais para transmitir saberes sobre medicina tradicional às novas gerações, especialmente em um contexto onde muitos jovens perdem o contato com a natureza. As oficinas de contação de histórias e lendas Munduruku valorizam a tradição oral, ajudando os jovens a conhecer suas raízes e identidade cultural. 

Nesse sentido, a produção de uma cartilha, que compila saberes e a história da região, está em andamento. O material está sendo elaborado a partir de entrevistas com 45 anciãos e lideranças Munduruku, visando registrar conhecimentos que estão se perdendo e garantir que as futuras gerações tenham acesso às práticas e tradições do povo.

Ao longo do projeto, a ASERK se propõe a envolver a comunidade, professores e anciãos nas atividades de educação, visando construir um espaço de aprendizado que respeite e valorize as tradições indígenas. O projeto pretende continuar o resgate da cultura Munduruku, fortalecendo a identidade e a harmonia social da comunidade.

Clique aqui e confira o projeto.

 

Projeto “Kyringue Vy’a – Criança Feliz” traz lazer e inclusão para crianças indígenas no Rio Grande do Sul

O projeto Kyringue Vy’a – Criança Feliz, liderado pela Associação Indígena Mybá-Guarani Tenonde Porã, na Aldeia Tekoa Yvy’ã Poty, em Camaquã, Rio Grande do Sul, criou uma praça escolar voltada para as crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental, buscando proporcionar um espaço lúdico e recreativo que favorecesse o desenvolvimento motor, cognitivo, social e afetivo dos pequenos.

A proposta nasceu da necessidade de oferecer um ambiente seguro e estimulante para as crianças, onde pudessem brincar e interagir em contato com a natureza, reforçando sua cultura e identidade. Segundo Cristiano Kuaray, líder indígena, a construção da praça foi pensada para suprir a carência de infraestrutura adequada e criar um espaço que incentivasse a criatividade e a autoconfiança das crianças. “Mas a aldeia toda participou do projeto, as crianças, os adultos, os mais velhos, nas reuniões, nas construções”, afirma Cristiano. 

A comunidade, que há anos enfrenta desafios como a falta de água, saneamento e infraestrutura básica, agora conta com essa nova área que beneficia as crianças, fortalecendo os laços sociais e culturais dentro da aldeia. A praça escolar foi planejada coletivamente, com a participação ativa da comunidade indígena e busca integrar aspectos pedagógicos, motores e sociais em um ambiente mais acolhedor e atrativo.

A organização já implementou estratégias para garantir a sustentabilidade da praça escolar, valorizando o ato de brincar como essencial para o desenvolvimento integral. A iniciativa é um exemplo de impacto positivo de projetos comunitários voltados para a educação e bem-estar de crianças indígenas, reafirmando a importância da proteção dos territórios e da cultura Guarani.

Os resultados desse esforço conjunto já são visíveis. “O principal resultado é que as crianças estão mais ativas e o espaço está unindo mais as crianças”, destaca Cristiano. Para o futuro, o objetivo é ampliar a praça e incluir uma quadra de esportes, com planos de ter um parque maior.

 

Fundo Casa Socioambiental e a “Educação para o bem viver”

O Fundo Casa Socioambiental segue apoiando projetos de educação indígena que promovam a autonomia e valorizem saberes tradicionais, fortalecendo o uso das línguas nativas e ampliando o protagonismo das comunidades. E prevê para o próximo ano uma nova edição da chamada “Educação para o Bem Viver”, destinada a fortalecer a educação indígena em comunidades e territórios de todo o Brasil. 

Para Inimá Krenak, “o apoio do Fundo Casa, especialmente através de chamadas que incluem uma abordagem inclusiva e respeitosa das necessidades indígenas, é visto como uma oportunidade de fortalecer os Projetos Políticos Pedagógicos Indígenas (PPPI), garantindo um espaço educativo conectado à cultura e ao território.”

“Os projetos apoiados pela chamada fortaleceram a cultura e a identidade indígena ao promover o uso das línguas maternas, a valorização dos conhecimentos tradicionais e a autonomia das comunidades na tomada de decisões sobre suas escolas. Eles também incentivaram a criação de materiais didáticos próprios, a formação continuada de professores indígenas e a inclusão de práticas sustentáveis, como hortas nas escolas e educação ambiental. Além disso, os projetos ajudaram a consolidar políticas públicas para o reconhecimento da educação indígena diferenciada e sensibilizaram instituições para integrar práticas pedagógicas ao cuidado com o território e ao equilíbrio climático”, destaca Inimá Krenak. 

Desta forma, o Fundo Casa Socioambiental reafirma seu compromisso com o fortalecimento das capacidades e das práticas educativas indígenas, conduzidas pelas próprias comunidades, valorizando suas identidades, tradições e autonomia.













NEWSLETTER

INSCREVA-SE E FAÇA PARTE DE NOSSA REDE
Ao enviar esse formulário você aceita nossa Política de Privacidade