Filantropia comunitária e soluções de adaptação lideradas localmente: lições aprendidas do Sul Global
O Fundo Casa Socioambiental já está em Baku, no Azerbaijão, participando da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29). Como parte da sua agenda de atividades na Conferência, lançará o Policy Brief Filantropia Comunitária e Soluções de Adaptação Lideradas Localmente: lições aprendidas do Sul Global.
O estudo, desenvolvido pela consultoria CLIMÁTICA para o Fundo Casa, aponta os principais desafios e oportunidades relacionados a mecanismos de financiamento, em particular o Fundo de Adaptação, para apoiar as comunidades locais, fortalecer processos de gestão participativa e apoio a medidas de Adaptação Liderada Localmente.
O documento destaca o papel de fundos do Sul Global na agenda de adaptação e apresenta algumas redes e fundos com gestão participativa que já atuam na agenda de clima no Sul Global e podem servir como mecanismos financeiros decisivos para o aumento da resiliência local. Por fim, são elencadas recomendações para atores interessados neste modelos da filantropia voltada para questões do clima, a fim de tornar o acesso a recursos financeiros mais democrático e eficiente, tendo as comunidades como elemento central desse processo.
Durante a COP29, quando negociadores devem definir uma nova meta global de financiamento climático pela primeira vez em quinze anos, se espera que este objetivo seja ambicioso, leve em conta as necessidades e prioridades dos países em desenvolvimento e seus povos, e contribua para aumentar o nível de financiamento em adaptação para aqueles que menos contribuem, mas são os mais afetados pelas mudanças do clima.
“A Filantropia, em especial a comunitária, é um ator importante no campo do enfrentamento das mudanças climáticas com o viés de direitos humanos. A participação da filantropia em espaços como as COPs visa garantir que o financiamento climático seja acessível para iniciativas locais e comunitárias. Esses eventos oferecem uma oportunidade de construção de alianças estratégicas e colaborativas entre atores diversos. Além disso, a presença da filantropia nesses espaços aumenta a visibilidade de soluções baseadas na natureza e de abordagens comunitárias que são vitais para a resiliência climática, ajudando a orientar recursos para as regiões e populações mais vulneráveis, em especial para o Sul Global”, afirma Cristina Orpheo, Diretora Executiva do Fundo Casa.
Participe do lançamento do policy brief
O estudo será apresentado por Maria Amália Souza, fundadora do Fundo Casa, durante o painel “Financiando Soluções a partir da Base: Fundos Locais, Territoriais e Ativistas e o Poder da Arquitetura Filantrópica do Sul Global”, na Blue Zone, Sala 9, no dia 16 de novembro às 11h30 (horário local de Baku), na COP29 em Baku, Azerbaijão.