Mulheres Liderando a Ação Climática – Fundo Casa e Embaixada da França divulgam resultado da chamada conjunta como parte da Aliança GAGGA
A Embaixada da França no Brasil e o Fundo Casa Socioambiental, por meio da Aliança GAGGA (Global Alliance for Green and Gender Action), se unem para apoiar iniciativas de organizações de base comunitárias (OBCs), lideradas por mulheres, com vistas a fortalecer as vozes, liderança e resiliência das mulheres na linha de frente da ação climática.
Os impactos das mudanças climáticas afetam desproporcionalmente os povos mais excluídos e vulneráveis, especialmente mulheres, jovens, indígenas, quilombolas e mulheres rurais. Os impactos das mudanças climáticas no gênero são agravados por formas complexas de desigualdade, que as mulheres excluídas e vulneráveis já enfrentam devido às formas intersetoriais de opressão e à violência a que estão sujeitas. Essas formas de opressão podem incluir, entre outras, aquelas exercidas com base no gênero, orientação sexual, raça, classe, habilidade e localização geográfica, tais como urbano/rural e hemisfério sul/norte. Desta forma, as principais protagonistas desta chamada por Carta Convite foram mulheres e suas organizações que trabalham para promover soluções climáticas justas em termos de gênero.
A equipe de análise avaliou minuciosamente cada projeto que leva a luta por justiça climática em seus territórios como bandeira. Para a comissão não foi um trabalho simples, visto o grande potencial em cada projeto recebido dos movimentos de mulheres ambientalistas que estão contribuindo para desenvolver soluções de mitigação e adaptação às mudanças climáticas no Brasil. Foram avaliadas organizações mistas, porém com mulheres líderes à frente da gestão e da governança e organizações que já atuam com as questões do clima ou tem forte conexão com o tema. As 18 propostas receberão apoio de até R$36.000,00 cada.
Adotamos uma abordagem baseada em direitos, incluindo todo o escopo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) como elementos essenciais para lidar com a urgência da crise climática, juntamente com a busca de ações que sejam viáveis, inclusivas e justas em termos de gênero.
Confira abaixo a lista dos projetos selecionados:
Organização nome | Cidade |
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AIKA – Associação Indígena do Povo Katurãma | São Joaquim de Bicas |
AMAY – Akilombamento Morada Abya Yala de Mãe Preta | Belém |
Associação Cultural e Social Samba de Roda Raizes de Acupe | Santo Amaro |
Associação da Comunidade de Remanescentes de Quilombo Saruê | Santa Maria da Boa Vista |
Associação Liberdade Mulheres Assentadas do Franco Duarte | Jequitinhonha |
Associação Para o Desenvolvimento Social e Conservação dos Ambientes da Costa Amazônica Brasileira – Sarambui | Bragança |
Coletivo Caranguejo Tabaiares Resiste | Recife |
Coletivo Ciranda de Mulheres | Recife |
Cooperativa Mista de Produção e Comercialização Camponesa do Estado de Alagoas – COOPCAM | Palmeira dos índios |
Fundo Agbara | São Paulo |
Instituto 5 elementos – Educação para a Sustentabilidade | Manaus |
Instituto Ayni: Conservação ambiental e desenvolvimento social | Maceió |
Movimento Camponês Popular – MCP | Aracaju |
Movimento Canteiros Coletivos | Salvador |
Movimento Sampapé | São Paulo |
Mulheres Unidas pelo Clima – MUC Brasil | Laguna |
Museu Paiter A Soe | Cacoal |
Rede de Mulheres Pescadoras da Costa dos Corais | Paripueira |